Irrigação inteligente: mais alimentos com menos água

11 junho, 2009

Aproximadamente 840 milhões de pessoas sofrem com a sede e a fome no mundo. Uma solução para a erradicação desses problemas está na agricultura irrigada. Novos métodos de irrigação proporcionam maior produção através da otimização da água.

O relatório “Avaliação Compreensiva do Gerenciamento de Água em Agricultura”, do Instituto Internacional de Gerenciamento de Água (IWMI), afirma que a agricultura irrigada consome mais de 70% da água doce disponível no mundo; em muitos casos, seu aproveitamento é inferior a 40%. Em média, para se produzir um quilo de batatas, são gastos, na sua plantação, de 150 até 400 litros de água; já para um quilo de cereais, outros 1.500 litros.

No último século, a população mundial triplicou, e com isso o consumo de água subiu em seis vezes. Com esse aumento populacional, cresce a necessidade de se produzir mais alimentos com menos água. O IWMI alerta que será necessário um suprimento de água 60% maior que o atual – mesmo havendo no decorrer dos anos um aumento estimado de 13% a 17% na eficiência da água.

De acordo com dados da Agência Nacional, Superintendência de Conservação de Água e Solo, a agricultura irrigada representa 17% da área cultivada no mundo, sendo que contribui com 40% da produção mundial de alimentos. No entanto, segundo o especialista em recursos hídricos Cláudio Ritti Itaborahy, a ignorância relacionada aos métodos de irrigação, às necessidades hídricas das culturas e à operação dos equipamentos tem levado a uma aplicação – ora demasiada, ora deficitária – de água, contribuindo para o baixo rendimento das culturas e para um grande desperdício de água.

“No Brasil, para cerca de 93%, dos quase 3 milhões de hectares irrigados, ainda se utiliza os métodos menos eficientes do mundo, sendo que, sobre 56%, utiliza-se o espalhamento superficial, segundo os moldes dos egípcios, ou seja, de 3.500 anos a.C.”, afirma Aldo da Cunha Rebouças, geólogo e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados, da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Esse método é um dos fatores que provocam a erosão do solo. O Banco Mundial alerta que as terras agrícolas do mundo têm sido degradadas a um ritmo de 0,1 por cento ao ano.

Procurando solucionar essa problemática, empresas e pesquisadores investem em novos métodos de irrigação que usem a água de maneira racional para conseguir através, de um bom controle de irrigação, um aumento na produtividade de alimentos.

Irrigação inteligente

Apesar de a irrigação convencional trazer vantagens aos produtores rurais, hoje em dia, com os avanços das tecnologias, novos métodos estão sendo criados para uma irrigação mais eficiente. Uma nova técnica é a irrigação inteligente, este sistema controla de maneira automática o acionamento ou desligamento da irrigação, só irrigando quando detecta, através de sensores de umidade do solo, a falta de água nas plantas, evitando a escassez ou o excesso de irrigação.

As irrigações convencionais caracterizam-se por ciclos de rega bem definidos e com uma quantia fixa de água. Porém, esse método convencional é deficiente, já que o nível de umidade do solo não depende apenas da irrigação: depende também da quantidade e freqüência das chuvas, das condições climáticas, da ação dos ventos, entre outros fatores.

Já a irrigação inteligente se caracteriza por liberar quantias de água diferenciadas para cada ciclo, tendo os intervalos e tempos de irrigação diferentes para cada ocasião. Teoricamente, um sistema de irrigação ideal é aquele que fornece água e nutrientes à planta diretamente na zona radicular, no exato momento em que ela necessita e na mesma taxa com que ela os consome.

– Benefícios

Economia e eficiência de aplicação de água: os sistemas inteligentes chegam atingir uma redução de 40% do volume de água em relação a outros métodos de irrigação.

Maior produção e melhor qualidade do produto: a umidade constante e ideal nas raízes das plantas evita a ocorrência de estresse hídrico, portanto, favorece seu desenvolvimento com incremento da produção e melhor qualidade do produto.

Redução da mão-de-obra: diminui a mão-de-obra operacional em até 25%.

Empresas brasileiras de irrigação inteligente

Algumas das empresas que trabalham com sistemas de irrigação inteligente no Brasil são: Grupo Fockink (RS); Glep Empreendimentos e Participações Ltda (SP); Lindsay América do Sul (SP), Habitat Automação (CE), Irrigarden (PR); e Hidrosense Comércio de Sistemas para Irrigação (SP).

– Entrevista com as empresas

As empresas citadas foram contatadas através de e-mail e, apenas a Hidrosense, Habitat Automoção e o Grupo Fockink responderam às perguntas enviadas. As demais não se pronunciaram até o fechamento desta reportagem.

– Tem sido grande a procura pelos sistemas de irrigação inteligente?

As empresas Habitat e Fockink afirmam que vem crescendo o número de interessados por sistemas de irrigação inteligente. Mas a Hidrosense discorda e afirma: “Depois de quatro anos de atuação, o nome da empresa tem facilitado a comercialização mas, de modo geral a procura ainda é pequena”.

– Até quanto pode chegar à economia de água utilizando esse método de irrigação?

A média da economia de água com os sistemas de irrigação das empresas ficou em 30%.

– Quanto custa, em média, um sistema completo de irrigação por hectare?

Com relação aos custos para implantação de seus sistemas, a Habitat falou: “Difícil mensurar o valor, pois depende muito do tipo de planta e como é composto o terreno a ser irrigado”. Já a Hidrosense, fabricante do Irrigás, disse que o preço pode variar de R$ 700,00 – com um equipamento portátil – até R$ 4 mil com um equipamento com registro eletrônico, automação e outros recursos. Um sistema de irrigação inteligente do Grupo Fockink custa, em média, de R$ 4 a 6 mil por hectare.

– Em média, em quanto tempo esse sistema se paga?

O Grupo Fockink disse que seu sistema costuma se pagar em quatro anos, enquanto a Hidrosense afirma que o seu paga-se de três a dez meses. Já a Habitat comenta nunca ter feito o cálculo.

– A empresa sabe qual o percentual dos agricultores brasileiros possuem sistemas de irrigação inteligente?

Nenhuma das empresas possui dados sobre o número de agricultores que utilizam sistemas inteligentes para irrigação, mas a Hidrosense acredita que seja menos de 1%.

– Resultados obtidos com seus sistemas

A empresa Hidrosense, fabricante do sensor Irrigás, forneceu alguns resultados obtidos por seus clientes após a instalação de seus produtos:

A Seminis, produtor de sementes – em sua estação de pesquisa, com um controle de irrigação mais adequado, conseguiu obter sementes de tomate com quase 100% de germinação, contra 85% anteriormente;

A SAKATA, também produtor de sementes – adquiriu três equipamentos para monitorar a produção de tomates em substrato e estufa. Conseguiu uma redução de 40% nos volumes irrigados e também diminui o tamanho dos potes de cultivo de oito para três litros;

Já o Grupo Fockink desenvolveu um projeto-piloto que pode ser a salvação da atividade leiteira, que se encontra uma grave crise. Batizado de “Leite Irrigado”, o projeto prevê a utilização de sistemas de irrigação por pivô central para produzir pastagens em pastoreios rotativos. Os animais, com isso, passam a viver em piquetes, ao ar livre, alimentando-se exclusivamente de pasto irrigado. Com a eliminação da ração, os agentes do setor poderão ver a sua margem de lucro, hoje inexpressiva, subir sensivelmente. O contato ininterrupto com a natureza, de outra parte, reduz os níveis de estresse das vacas e aumenta, conseqüentemente, a resistência delas as doenças, o que evita gastos com medicações. Os primeiros dados indicam que a rentabilidade saltou de 6% para 30%, com ótimas chances de crescimento.

O que dizem os agricultores

Alcindo Berlitz, que utiliza a irrigação convencional por aspersão há quatro anos, comenta ter conhecimento sobre a existência da irrigação inteligente. No entanto, afirma não possuir muitas informações sobre esse método que conhecera através do sindicato local dos agricultores e de conversas entre os próprios produtores. “Estou começando a investir mais em irrigação. Por enquanto, tenho somente uma pequena área irrigada, mas em breve quero expandir para toda plantação, além de modernizá-la”, diz o agricultor da cidade gaúcha de Dois Irmãos.

A família dois-irmonense de Leandro Becker possui instalados, em suas estufas, sensores que acionam a rega por gotejamento caso a temperatura ultrapasse os 27ºC. “Pode notar que aqui dentro (estufa) está bem mais fresco que lá fora […] Para se ter uma noção de quanta água usamos na irrigação por gotejamento; se durante o inverno gastamos 8 mil litros para irrigar as plantas de uma estufa, no verão são gastos 36 mil para deixá-la com uma temperatura agradável e não perder a produção”, afirma o produtor. Apesar do sistema da família Becker ser mais moderno, não pode ser considerado uma irrigação inteligente, já que leva em consideração a temperatura do ambiente ao invés da umidade do solo.

Becker, que também demonstrou um pouco de conhecimento sobre os sistemas inteligentes, sustenta a idéia de que é necessário um investimento contínuo nos equipamentos e métodos de produção. No entanto, adverte que é preciso haver um planejamento. “Agora vamos dar um tempo (nos gastos)! Compramos dois caminhões com financiamento do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), e investimos bastante no sistema de produção por hidroponia. Mas futuramente vamos procurar novos métodos para aumentar a produção e melhorar a qualidade de nossos produtos. Temos que ver que o retorno de todo esse investimento vem em centavos”, salienta o agricultor.

Ambos os produtores afirmam que, sem o uso da irrigação, ficaria difícil colher o ano todo; principalmente durante o verão, quando o calor é mais intenso e as plantas necessitam de mais água. Eles acreditam que a irrigação inteligente é uma técnica excelente para agricultura, mas o valor elevado do investimento ainda faz com que optem por sistemas mais econômicos.

Investimentos do Governo Brasileiro

Atualmente, o governo brasileiro possui a Agência Nacional das Águas (ANA), responsável por implementar e coordenar a gestão compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso à água. Em contato via e-mail com a ANA, o especialista em recursos hídricos Cláudio Ritti Itaborahy, disse não conhecer estatísticas sobre o uso da irrigação inteligente no Brasil. Mas afirma que a indústria de sistemas inteligentes tem procurado melhorar seus produtos e a normatização vem a reboque via Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Itaborahy explicou que incentivos financeiros para uso de irrigação inteligente pela União e pelos Estados não são diretos, mas sim indiretos, sendo feitos através de incentivos em pesquisa. “Existem incentivos que podem advir de recursos do CTHidro – Fundo Setorial de Recursos Hídricos”, afirma Itaborahy. O CTHidro destina-se a financiar estudos e projetos na área de recursos hídricos, para aperfeiçoar os diversos usos da água.


Assinatura

28 novembro, 2008

assinatura


Bastam alguns cliques para ser solidário na web

18 dezembro, 2007

Com a onda da internet, sites de Organizações Não-Governamentais ganham visibilidade e aproximam a população dos projetos sociais.

O Ibope realizou uma pesquisa, em setembro de 2007, para saber como está a relação do brasileiro com a internet. O total de pessoas com acesso residencial atingiu, em agosto, seu maior patamar, totalizando 30,1 milhões de pessoas. Juntamente com o número de usuários, a cidadania vem crescendo e ganhando neste meio de comunicação. A cada dia novos sites e campanhas sociais são criadas na web e recebem números significativos de participantes, por ser uma maneira rápida e fácil das pessoas destinarem um pouco do seu tempo para contribuírem com a sociedade.

Jornalista e mestre em Comunicação Social, Daniel Bittencourt é coordenador de comunicação digital do governo do Estado e já atuou em diversas funções em portais brasileiros, como Terra e clicRBS. O jornalista possui grande experiência em internet e web. Bittencourt afirma que, realmente, a cidadania passou a ganhar espaço na internet na medida em que a rede foi se popularizando e deixando de ter acesso apenas nas camadas incluídas digitalmente. Ele cita a campanha no combate contra à fome, com a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, liderada pelo sociólogo Herbert de Souza, como sendo uma das primeiras ações de cidadania. “Uma das campanhas mais emblemáticas dessa época foi o Click Fome, similar à liderada pelo site Hunger Site, que procurava mobilizar as pessoas a clicarem em banners dos patrocinadores, que doavam alimentos a pessoas necessitadas. Essa ação derivou outras, como o Click Árvore, que direcionava recursos para a recuperação de florestas degradadas”, destaca.

O jornalista acredita ser importante esse tipo de contribuição que as pessoas fazem à sociedade. “Toda ação de comunicação que leve ao esclarecimento do cidadão sobre os seus direitos é válida e igualmente importante”, diz Bittencourt. O Jornalismo é um canal importante para a veiculação dessas informações, e desse esclarecimento. “A Internet é mais uma porta que se abre, e que cada vez mais recebe novos usuários. A mobilização virtual, alcançada pelas ações de comunicação dentro da Web, permite que as pessoas encontrem formas de um envolvimento presencial, como ocorreu com as manifestações e os protestos decorrentes do acidente com o avião da TAM, em Congonhas“.

Mesmo sendo coordenador de comunicação digital do governo do Estado, na opinião de Bittencourt o governo deve observar mais este tipo de cidadania para saber utilizá-la da melhor maneira possível: “A World Wide Web é um poderoso instrumento de disseminação de idéias. Além disso, possui outro atributo importante: na comparação, é muito mais barato produzir um site do que um material impresso de uma campanha, por exemplo. Por essa razão, cada vez mais a esfera governamental mobiliza esforços para ter, dentro do seu leque de ações de comunicação, iniciativas de comunicação digital que levem informação à população”, argumenta o jornalista


Retrospectiva 2007 – Como foi o ano para os gaúchos

27 novembro, 2007

Final de novembro. Faltando pouco mais de um mês para o término de 2007, podemos fazer uma retrospectiva do ano que chega ao seu fim. Um ano de altos e baixos para o povo gaúcho.

O ano dos gaúchos começou antes mesmo do dia 1º de janeiro. Em dezembro, a governadora eleita do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, tentou a aprovação de um pacote de medidas para superar o déficit nas finanças do Estado. No entanto o pacote acabou sendo rejeitado na Assembléia Legislativa, no dia 29 de dezembro. Começava aí, uma longa queda de braço, que além de vários capítulos, ainda não chegou ao seu final.

Um motivo que fez com que a população gaúcha ficasse feliz no início do ano foi a segurança pública. Com o secretário de segurança, Enio Bacci, os índices de criminalidade cairam consideravelmente. Mesmo realizando um excelente trabalho em sua secretária, a governadora Yeda afastou Bacci do cargo, no dia 11 de abril, depois de surgirem denúncias de corrupção contra ele.

Outro episódio que marcou os gaúchos este ano foi a crise aérea brasileira. A crise que começou em 2006 com a morte de mais de 130 pessoas na queda do Boeing da Gol. Em julho, deste ano, voltou a ocupar espaço em todos os meios de comunicação. O acidente com o avião da TAM na pista de Congonhas -SP, chocou o Brasil inteiro, mas principalmente o Rio Grande do Sul, pois mais da metade dos passageiros eram gaúchos.

vídeo retirado do site YouTube

Nos esportes o ano também não foi muito bom. Daiane dos Santos, sofreu com lesões e não participou dos jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro. A dupla Gre-Nal decepcionou nas competições nacionais. Mesmo assim, o Grêmio acaba o ano como bi-campeão gaúcho e vice-campeão da libertadores. Já o Inter conseguiu salvar o ano com a conquista da Recopa. O Juventude foi rebaixado para série B.

vídeo retirado do site YouTube

Neste mês de novembro, a governadora Yeda tentou novamente a aprovação de um pacote de medidas na Assembléia, o chamado tafiraço, mas novamente não foi aprovado. A governadora sofreu uma derrota histórica, 34 votos a 0 contra o tarifaço. Irritada, Yeda já afirmou que serão tomadas as decisões necessárias para manter as finanças do Estado, e não sabe quando irá pagar o 13º do funcionalismo público.

Agora resta aos gaúchos refletirem sobre o que passou e começar a planejar as festas de fim de ano e as férias. Com a chegada do verão, os gaúchos tomam rumos diferentes, enquanto alguns procuram o litoral outros preferem subir a serra para passarem as férias.


Pauta 2.0

20 novembro, 2007

A sugestão de pauta é abordar o fim de ano no Rio Grande do Sul. A princípio serão publicadas três matérias: uma fazendo uma pequena retrospectiva de 2007 para os gaúchos (política, esportes, entretenimento serão alguns dos temas abordados); outro post irá abordar os destinos que os gaúchos escolhem para passarem a temporada de verão (um mapa contendo a “rota de fuga” dos gaúchos estará neste post); o terceiro e último falará dos preparativos para a chegada do Natal no RS.

Estimativa de caracteres: 1500 caracteres por matéria


Ajuste seu relógio

10 novembro, 2007

Entrou em vigor dia 14 de outubro de 2007 o horário brasileiro de verão. O novo horário, que este ano terá duração de 125 dias, consiste no adiantamento dos relógios para promover economia de energia elétrica com o aproveitamento da luz natural através de dias mais longos.

O horário de verão foi instituído pela primeira vez no país em 1931, sendo que, a partir de 1985, o governo passou a adotar a medida todos os anos. Além do Brasil, ele também é adotado nos países da União Européia (entre março e outubro), nos Estados Unidos, Canadá e México (entre abril e outubro), além da Rússia, Turquia e Cuba. No hemisfério Sul, a medida é adotada entre outubro e março na Austrália, Nova Zelândia e Chile.

Desde 2003 o horário de verão abrange os estados da região sudeste, sul, Goiás, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Já os estados do Nordeste e do Norte ficam de fora, porque o Ministério de Minas e Energia avaliou que os benefícios seriam muito pequenos para essas regiões.

A redução da demanda de energia em 2006/2007 foi de 0,5% em todo país. Chegando atingir no horário de pico, entre 19h e 22h, 4% de economia.

No entanto, o horáriode verão gera polêmicas entre a população. Enquanto muitos aprovam o novo horário e aproveitam para usufruir a hora a mais do dia, outros lutam pela sua extinção. É o caso do Deputado Luiz Bittencourt (PMDB-GO), que apresentou em 2003 um requerimento à então ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, sugerindo a extinção do horário brasileiro de verão , devido aos malefícios que o horário de verão traz a população brasileira.

Apesar de não ser uma unanimidade nacional, o horário de verão continua sendo apoiado pela maioria dos brasileiros. O novo horário encerra-se dia 16 de fevereiro de 2008.


Sugestão de pauta

6 novembro, 2007

Este estudante de jornalismo anda um tanto quanto ocupado e sua criatividade reduzida. Por este motivo minha sugestão de pauta é cobrir o comportamento das pessoas com a chegada do horário de verão.

Serão publicados 3 post: um post comentando sobre horário de verão (como ele funciona, quando surgiu, qual sua finalidade), outro falando da dificuldades que alguns encontram em se habiturar com o novo horário (insônia e alterações de apetite), por fim um post mostrando o que as pessoas fazem quando o novo horário está em vigor.


Lula: ‘Brasil fará Copa para nenhum argentino botar defeito’

30 outubro, 2007

Matéria retirada do Estadão

dunga_lula_30102007_2.jpgZURIQUE – Para o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não há dúvidas de que o País demonstrará ao planeta que está preparado para organizar um Mundial que “marcará a história das Copas”, em 2014. Ele disse nesta terça que o país “fará uma Copa para argentino nenhum botar defeito” e ressaltou que o país “saberá fazer a lição de casa”, na cerimônia na sede da Fifa que confirmou o Brasil a sede do evento.

“Eu tenho certeza de que a coisa que mais vai empolgar torcedores, jogadores, jornalistas e os dirigentes do mundo será o comportamento extraordinário do povo brasileiro. O tratamento que esse povo dará, estejam certos, marcará a história das Copas do Mundo”, disse Lula.

“O fato de o Brasil ter sido escolhido é motivo de muita alegria, de muita festa, sobretudo por saber que voltaremos pra casa com muito mais responsabilidades sobre nossas costas do que quando chegamos”, reforça o presidente. “É uma grande responsabilidade, que assumimos como nação, para provar ao mundo que somos um país estruturado, em crescimento, com muitos problemas, sim, mas com homens determinados a resolvê-los“, acrescenta.

Lula disse ainda que para os brasileiros o futebol é mais que um esporte, “é uma paixão nacional”, por isso se mostrou convencido de que em 2014 todo o mundo poderá ver “o comportamento extraordinário do povo brasileiro”.

A Comissão de Inspeção da Fifa que visitou o Brasil no fim de agosto afirmou, em seu relatório oficial, que o país tem condições de “organizar uma Copa do Mundo excepcional”, mas os críticos ao projeto asseguram que para cumprir as exigências da entidade será preciso um gasto muito alto.

A delegação do Brasil que viajou a Zurique foi formada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, e o ministro de Esportes, Orlando Silva.

Também estiveram presentes os governadores Eduardo Braga (Amazonas), Alcides Rodrigues (Goiás), Ana Júlia Carepa (Pará), José Serra (São Paulo), Sergio Cabral (Rio de Janeiro), Aécio Neves (Minas Gerais), Binho Marques (Acre), José Roberto Arruda (Distrito Federal), Jacques Wagner (Bahia), Cid Gomes (Ceará), Blairo Maggi (Mato Grosso) e Eduardo Campos (Pernambuco).

O país também foi representado pelo atacante Romário e o escritor Paulo Coelho, que resumiu o espírito brasileiro: futebol é mais importante que sexo.


RBS comemora 50 anos presenteando o público

16 outubro, 2007

no-ar.jpgO Grupo RBS fundado em 31 de agosto de 1957 completou meio século de atuação este ano, e para comemorar esta data histórica a empresa montou uma exposição que pretende mostrar ao público como os meios de comunicação colocam as pessoas entre a realidade e a ficção.

No Ar – 50 anos de vida“, como se intitula a mostra, faz o visitante reviver momentos fundamentais da história dos últimos 50 anos, e presencia as transformações dos objetos domésticos, tais como: rádio, televisão, computador entre outros.

O projeto teve um investimento total de R$ 4 milhões da RBS. A empresa reformou a Usina do Gasômetro, além de financiar uma nova pintura para o prédio. A maioria dos aparelhos expostos nas vitrines foram cedidos por museus de comunicações da região.

A exposição possui quinze ambientes diferentes inspirados nos cômodos de uma residência:

Grande hall: eletrodomésticos, carros e aparelhos que mudaram o mundo desde os anos 50.

Gangorra social – projetos sociais da RBS

Mesa dos jornais – todas as capas da Zero Hora

Geladeira dos comerciais

Cama da educação emocional – dramaturgia

Sofá dos furos de reportagem

Armário do fotojornalismo

Mapa dos sotaques do Sul

Sala da internet

Cronologia dos fatos históricos dos últimos 50 anos

Poltronas da história do rádio

Parede de concreto translúcido que separa o espaço, mas deixa passar a luz

Sala do silêncio – espaço para de reflexão

Caleidoscópio da televisão do mundo ao vivo agora

Arenatela gigante com os mais importantes momentos da TV

Nas poltronas da história do rádio o visitante ao mudar o dial do rádio, sintoniza a década que deseja ouvir as principais manchetes da época. A mesa dos jornais contém mais de 15 mil capas do Jornal Zero Hora que podem ser acessadas com um simples toque das mãos. Há também a cama emocional, uma cama gigante onde as pessoas podem rever clássicos das telenovelas brasileira. O caleidoscópio é faz com que o visitante entre no mundo da televisão. A arena possui uma sessão de vídeo, a cada trinta minutos, onde são projetadas cenas que marcaram os últimos 50 anos da televisão. Estes são alguns dos ambientes que o público encontra na mostra.

A exposição vem atraindo o público de todas as idades. No último domingo, dia 14 de outubro, as famílias lotaram a Usina do Gasômetro. As crianças se divertiram com os equipamentos, e os adultos ficaram deslumbrados com a qualidade e modernidade dos equipamentos. Um detalhe interessante ficou por conta do ambiente da cronologia, enquanto a maioria dos adultos se aglomeram para ler as matérias da década de 60, os jovens preferiram as notícias da última década.

Até o dia 1º de outubro mais de 104 mil pessoas já haviam visitado a exposição. O técnico em eletrônica, Carlos Alberto Kunst Junior, ao sair da mostra deu sua opinião: “Achei muito interessante a mesa com as capas de Zero Hora, o caleidoscópio e o telão gigante. Confesso que fiquei um pouco decepcionado, pois achei que teria mais coisas. Mas valeu! Parabéns à RBS!”

O site “No Ar – 50 anos de vida” tem disponível um link com as perguntas mais freqüentes do público, em caso de outras dúvidas você pode entrar em contato com a RBS. A visitação pública está aberta desde o dia 1º de setembro e se estende até o dia 18 de novembro de 2007, de terças a domingos, das 9h às 21h, com entrada franca. Faça uma visita virtual e veja o que irá encontra na exposição.


Web 2.0 é nossa!!

18 setembro, 2007

revolution.jpg

O estouro da bolha das empresas ponto-com no outono de 2001 marcou uma virada na web. Muitos concluíram que a web tinha recebido uma publicidade exagerada quando, na realidade, bolhas e conseqüentes reorganizações parecem ser um traço comum a todas as revoluções tecnológicas. Tais crises tipicamente assinalam o momento em que uma tecnologia ascendente está pronta para assumir seu lugar no centro da ação. Impostores são eliminados, as histórias de verdadeiro sucesso mostram sua força e começa a haver uma compreensão sobre o que distingue um caso do outro.

O conceito de “Web 2.0″ começou com uma conferência de brainstorming entre a O’Reilly e a MediaLive International. Dale Doughherty, pioneiro da web e vice-presidente da O’Reilly, notou que, ao contrário de haver explodido, a web estava mais importante do que nunca, apresentando instigantes aplicações novas e sites eclodindo com surpreendente regularidade. E, o que é melhor, parecia que as companhias que haviam sobrevivido ao colapso tinham algo em comum.

Talvez a mais importante função do termo Web 2.0 tenha sido a de sinalizar o início de uma nova e promissora fase na web, que vinha sob visão um tanto pessimista do mercado após o estouro da bolha especulativa no começo do século.

O fato é que a web nunca parou de evoluir, apenas agora com um filtro seletivo de modelos de negócio muito mais realista. O termo Web 2.0 certamente ajudou a consolidar esta nova percepção de valor da internet, agora com modelos de negócio apresentando retornos reais. Tudo isso denota esta segunda geração da internet, que esperamos seja apenas uma das muitas outras gerações promissoras que virão pela frente.

A web como platafoma

Sites deixam de ter uma característica estática para se tornarem verdadeiros aplicativos no servidor. As funcionalidades dos sites são muito mais poderosas, lembrando a sofisticação de softwares que rodam no desktop dos PCs. Certamente hoje é mais complexo (e na maioria das vezes mais custoso) desenvolver um serviço web competitivo do que há alguns anos.

Nesta nova plataforma fez com que, nos últimos anos, houvesse um aumento significativo de usuários em sites de relacionamentos, tais como Orkut e Second Life, dentre outros. Na verdade, estas redes de pessoas sempre existiram desde início da internet (chat, fóruns etc.). O que aconteceu foi uma aceleração recente do número de usuários destas comunidades devido a maior riqueza de conceito e sofisticação tecnológica dos “sites aplicativos”, somados a um aumento da base instalada de banda larga.

Flexibilidade no conteúdo

Alguns sistemas são projetados de forma a encorajar a participação. No seu trabalho, “A cornucópia dos Commons”, Dan Bricklin observou que existem três formas de se construir uma grande banco de dados. A primeira, demonstrada pela Yahoo!, é pagar pessoas para isso. A segunda, inspirada nas lições da comunidade de código aberto, é conseguir que voluntários executem a tarefa. O resultado é o “Open Directory Project”, um concorrente de código aberto da Yahoo! Mas a Napster mostrou uma terceira forma. Porque a Napster tem como padrão servir automaticamente qualquer música que tenha sido baixada, todo usuário automaticamente ajudou a construir o valor do banco de dados compartilhado. Esta mesma abordagem foi seguida por todos os outros serviços de compartilhamento de arquivo P2P.

Desta maneira o conteúdo passa a ser dinâmico e sua publicação muito mais flexível, tanto por editores profissionais como pelos próprios usuários. Ferramentas de publicação multi-plataforma (PC, celular) geram poder e eficiência jornalística à sites de notícias, por exemplo. Ao mesmo tempo, o próprio usuário passa a gerar conteúdo (ex. YouTube), classificá-lo e mesmo parcialmente editá-lo usando formatos como RSS. As “Wikis” são talvez a forma mais extrema de edição colaborativa, onde qualquer pessoa teoricamente qualificada pode melhorar a qualidade de determinado conteúdo (ex. Wikipedia).

Marketing e publicidade

O marketing e a publicidade online também mudaram muito com a web 2.0. Agora a empresa já não pode comunicar, ela deve aprender a interagir. A publicidade deixou de ser uma via de mão única, onde a empresa emite uma mensagem que o consumidor recebe. Como a Internet é feita de gente, a publicidade se tornou o relacionamento entre pessoas da empresa e pessoas que são consumidores.

Isso inclui o um novo conceito chamado marketing de performance. Neste novo conceito, você contrata o serviço de marketing e só paga pelos resultados que recebe. Nada de estar na Internet só para não ficar fora dela, agora toda ação online deve ser interessante do ponto de vista do retorno sobre o investimento.

Além disso, as antigas formas de publicidade online deram lugar a campanhas onde você só paga pelos cliques que seu banner recebe, marketing através de links patrocinados em sites de busca, otimização de sites para sites de busca e marketing viral.

Exemplos de sites Web 2.0 mais comuns:

youtube.gif wikipedia.gif orkut.gif googledocs.gif

No entanto, existem muitos outros sites com tecnologia web 2.0, eles não se restringem apenas a sites de relacionamentos, enciclopédias e trocas de arquivos. Acredita que já é possível fazer planta de casa online, de forma rápida e fácil? O Floor Planner é bastante útil para quem planeja fazer uma reforma ou mesmo uma mudança nas posições dos móveis da casa – ou para quem só quer se divertir mesmo.

O site conta com a versão free, que já vem com boas ferramentas. Há a opção da versão paga, mais indicado para quem trabalha com design de interiores e arquitetos, que deve ser bem mais barato que a licença de softwares usados atualmente para isto.

Veja abaixo um exemplo do que é possível fazer com este site:

exe1.jpg

Sites como o Floor Planner e muitos outros, com diversas finalidades, estão no site: http://mundotecno.blogsome.com/, site em português. Você também encontra sites com web 2.0 no site: http://www.go2web20.net/, este é em inglês, mas é de fácil manuseio já que é possível procurar sites através de categorias.

E ai?! Vai começar por onde?!